"Não declares que as estrelas estão mortas só porque o céu está nublado."
domingo, 26 de abril de 2009
o teu adormecer
"Meu anjo negro...
Fica comigo, que eu ficarei contigo...
Cobre-me com as tuas asas,
Até que eu adormeça no teu colo aconchegante,
E faz-me repousar do meu esforço inglório
De buscar o longe e o distante.
Mata no teu seio o meu desejo errante,
Que não quero ter sede nunca mais...!
Desnuda-te, para mim...
Reduz a nada os teus mistérios,
Até que te possa conhecer, enfim,
(e a todas as curvas do teu corpo)
Sem adereços nem falsificações.
Ah, meu anjo negro...
Adoro quando sorris,
Mesmo se o olhar é maroto e malicioso.
Adoro contemplar, à socapa,
O teu braço bem talhado
E as curvas do teu ombro sedoso...
Conheço-te pelo cheiro, sabias?
E observo, um a um,
Os esgares dos teus lábios macios e molhados,
Capazes de me matar a sede de uma só vez.
E por debaixo da roupa, julgo distinguir as formas
Dos teus seios bem delineados,
Com suas extremidades arredondadas...
Ah meu anjo, meu anjo negro!
Não sei quem és, nem de onde vens.
Só conheço os gestos do teu olhar
Que se prolongam em momentos vagarosos,
Só sei do teu peito vigoroso e ondeado,
Dos teus ombros e braços sedosos...!
Tudo o resto, desconheço...
Ah, meu anjo negro e acridoce !
Não me abandones... dá-me, pelo menos, o teu desprezo,
Nunca me prives da tua presença.
Deixa-me dormir na tua noite,
Para que não acorde nunca mais,
Afogar-me de uma só vez na tua mente,
Nas suas paisagens áridas e irreais !
Vem meu anjo, meu anjo negro!
Penetra-me, penetra-me mesmo se por capricho,
Deixa-me ficar ao menos o teu gosto,
Que eu me encarregarei de o tornar mais ácido
E, quem sabe, envenenar-me...!"
luis beirão
direcções
Sou pecadora por natureza,
Aprecio os prazeres da vida,
Acredito em Deus, mas não na religião que me impuseram,
Venero o silêncio de uma igreja, mas desvalorizo uma missa,
Confesso não me confessar
Nem comungar aquilo que chamam de corpo…
Desprezível talvez!
Ingrata de certeza!
De coração mole, belo, terno
Mas frio, impetuoso, arrogante em forma de carapaça.
Amo o que sonho ser
Embora nem sempre o consiga demonstrar
Mas amo-me inevitavelmente
Por amar mais alguém…
domingo, 12 de abril de 2009
Uma menina de olhos esbugalhados olha o céu estrelado numa noite perdida no tempo. Tem sonhos a menina mas não tem nome, tem objectivos mas também chegou a falhar, tem asas mas nem sempre soube voar.
Veste um vestido de optimismo e sapatos de preexistência, o rosto é rasgado por um sorriso alegre e um olhar transparente, a sua alma gigante assemelha-se ao arco-íris e na sua pele esta tatuada a estrada da vida. Não lhe dêem alcunhas chamem-lhe simplesmente COCEGAS DE SABEDORIA
Veste um vestido de optimismo e sapatos de preexistência, o rosto é rasgado por um sorriso alegre e um olhar transparente, a sua alma gigante assemelha-se ao arco-íris e na sua pele esta tatuada a estrada da vida. Não lhe dêem alcunhas chamem-lhe simplesmente COCEGAS DE SABEDORIA
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