segunda-feira, 11 de maio de 2009

princesa rainha mãe

Sempre foste algo que desejei ser, sempre me deste aquilo que prometes-te dar, e agora ho princesa errante que trazes para mim em mais uma noite gélida?
Aprecias-te o melhor de mim e duplicaste-o em mil, amas-te todo o meu ser de pequenos soluços estonteantes, e sais-te a correr como se de nada se canta-se, numa voz divinal que só o mar sabe ter, esse lindo som que apenas o sol esclarece em cada amanhecer.
És Deusa, querida, és diva sem saber, és bem mais que a areia que deixa a marca ao passar de uma pegada, esse teu ar descuidado e preocupado que enlouquece e penetra, essa alma madrugadora que só a aura esplendorosa conhece, aquele sorriso meigo e amargo que traduz toda a vivência e um dia a dia passado com esforço e dedicação.
Vives de contentamento descontente, soltas a veia magnífica que só em ti conheço, e mentes-me quando me querias dizer a verdade, e eu perdoo-te porque também não a desejava ouvir, ou talvez quisesse mas é tudo tão mais fácil assim!
Mas um dia vou ouvir dos teus lábios tudo o que tive medo de escutar, tudo o que as horas deixaram passar em meros encontros rotineiros, e vamos saborear juntas as lágrimas que o sal deixou secar, voaremos num céu infinito de luzes cintilantes e procuraremos um lugar só nosso, onde o infinito dos teus cabelos jamais deixaram perturbar os doces momentos de eterna ternura.
Nunca disse que te amo, talvez por amar de mais, por orgulho possivelmente, mas que importam as palavras se elas nem sempre são ouvidas na multidão. Nunca disseste que me amavas, também para que? Um amor imortal não precisa de juras ou serenatas, não necessita de palavras enquanto os olhos vêm, apenas se ama, se sente, se toca…

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