carrego sentires na pele inigmatica de sentir, voo alto e a seguir deixo-me cair no chão feito escorregadio pelo gelo de um inverno que se faz de toques...
viajo longe num mundo quadrado de ilusões e deixo-me levar pelo vento de cores incolores de gastronomia extravagante, e sorrio...
sorriso que me acompanha em desejos constantes de adrenalina e intensidade, aprendo a viver mesericordiosamente falando sozinha, e o mundo inteiro me ouve com atenção.
defensivamente tenho garras poderosas... meu cubo de gelo em erupção vulcanica
felicidades não quero, apenas pretendo doces sorrisos constantes, e, vou concluindo o meu objectivo a cada dia que passa, para dar lugar a novos sonhos e as asas continuem abertas, dessa maneira magica que so elas sabem ter... as minhas asas
tenho por obrigação de ser simplesmente eu
carinhosamente
"Não declares que as estrelas estão mortas só porque o céu está nublado."
sábado, 27 de junho de 2009
terça-feira, 23 de junho de 2009
Fénix
Quanto mais espreito o mundo lá fora, mais aprecio a tranquilidade do meu pequeno mundo!
Quanto mais sinto as carícias sádicas dos meus semelhantes, mais vou preferindo as lambidelas dos meus cães!
Quanto mais vejo as atitudes descontroladas das pessoas, mais me delicio com as brincadeiras dos meus gatos!
Quanto mais ouço as pessoas falarem, mais valor dou ao cantar da minha caturra!
Quanto mais conheço os hábitos dos Homens, mais carinho tenho pelos meus coelhos!
Quanto mais me ensinam valores intocáveis, mais respeito tenho pelos meus porquinhos da índia!
Quanto mais olho esta serra, este rio, este ar despoluído, esta tranquilidade, esta cumplicidade de vizinhos, esta maneira simples de viver e “comer” terra mais me apaixono, mais vivo, mais cresço, mais sou eu!
carinhosamente
Quanto mais sinto as carícias sádicas dos meus semelhantes, mais vou preferindo as lambidelas dos meus cães!
Quanto mais vejo as atitudes descontroladas das pessoas, mais me delicio com as brincadeiras dos meus gatos!
Quanto mais ouço as pessoas falarem, mais valor dou ao cantar da minha caturra!
Quanto mais conheço os hábitos dos Homens, mais carinho tenho pelos meus coelhos!
Quanto mais me ensinam valores intocáveis, mais respeito tenho pelos meus porquinhos da índia!
Quanto mais olho esta serra, este rio, este ar despoluído, esta tranquilidade, esta cumplicidade de vizinhos, esta maneira simples de viver e “comer” terra mais me apaixono, mais vivo, mais cresço, mais sou eu!
carinhosamente
segunda-feira, 22 de junho de 2009
doce tentação
deito o corpo pesado na relva molhada da orvalhada,amanhece aqui!
sabe bem deitar a vida toda pelas mãos geladas,
sacudir os cabelos ondulados ao vento e saborear a aura.
olho a minha tenda montada, não me pertence por momentos.
sou livre aqui ou em qualquer outro lugar do mundo,
definitivamente livre,mas tão prisioneira.
estou acorrentada pelo mundo sub-desenvolvido,
por mentes pouco abertas e frases ditas a séculos.
são vós que desmaiam o mundo, mas já não me incomoda,
despeço-me de vós e de toda a vossa ignorância neste banho de rio...
hoje o sol nasce mais uma vez só para mim,e é tão bom estar aqui.
hoje sou a água que corre neste rio,
o vento que abana os juncos e cedros,
sou os peixes que pedem comida quando me mordem a pele,
sou a lua a despedir-se ou mesmo a fogueira que se apagou.
sou toda vida e vivo para passear a vida,
contemplar o que me resta, e, que é tanto.
ontem olhei a chama fogosa e pensei em filosofar,
até nas cinzas há intensidade, devaneio, amor, ódio, desgaste e ternura, complexidades mistas, arrepios a soluçar nas entranhas do olhar,
há caricias, amizade, compreensão, solidão, mentira.
há uma vida inteira por decifrar ou até já decifrada.
recordei "na vida nada muda, tudo se transforma".
mas hoje fecho o livro dos sonhos,
rapto o planeta da órbita, hoje vai ser a minha maneira!
sinto a doçura do canto dos pássaros,
mando um seixo aos saltos sobre as águas calmas desta ribeira.
sinto-me apaixonada, novamente numa ilusão profunda e diagnosticada,
sou preenchida, contemplada, orgulho...
sou simplesmente eu... eu a acordar para uma outra vida.
carinhosamente
sabe bem deitar a vida toda pelas mãos geladas,
sacudir os cabelos ondulados ao vento e saborear a aura.
olho a minha tenda montada, não me pertence por momentos.
sou livre aqui ou em qualquer outro lugar do mundo,
definitivamente livre,mas tão prisioneira.
estou acorrentada pelo mundo sub-desenvolvido,
por mentes pouco abertas e frases ditas a séculos.
são vós que desmaiam o mundo, mas já não me incomoda,
despeço-me de vós e de toda a vossa ignorância neste banho de rio...
hoje o sol nasce mais uma vez só para mim,e é tão bom estar aqui.
hoje sou a água que corre neste rio,
o vento que abana os juncos e cedros,
sou os peixes que pedem comida quando me mordem a pele,
sou a lua a despedir-se ou mesmo a fogueira que se apagou.
sou toda vida e vivo para passear a vida,
contemplar o que me resta, e, que é tanto.
ontem olhei a chama fogosa e pensei em filosofar,
até nas cinzas há intensidade, devaneio, amor, ódio, desgaste e ternura, complexidades mistas, arrepios a soluçar nas entranhas do olhar,
há caricias, amizade, compreensão, solidão, mentira.
há uma vida inteira por decifrar ou até já decifrada.
recordei "na vida nada muda, tudo se transforma".
mas hoje fecho o livro dos sonhos,
rapto o planeta da órbita, hoje vai ser a minha maneira!
sinto a doçura do canto dos pássaros,
mando um seixo aos saltos sobre as águas calmas desta ribeira.
sinto-me apaixonada, novamente numa ilusão profunda e diagnosticada,
sou preenchida, contemplada, orgulho...
sou simplesmente eu... eu a acordar para uma outra vida.
carinhosamente
quinta-feira, 18 de junho de 2009
complexidades transparentes apresenta....
Mafalda Veiga
Hoje deixo as cores dos dias e dedico-me a minha cúmplice Mafalda Veiga, tal como ela diz "fica tão fácil entregar a alma a quem nos traz um sopro do deserto"...
Cúmplices__ Mafalda Veiga
http://www.youtube.com/watch?v=tYYTqe5dmeA
Biografia
Data de Nascimento:24-12-1965
Local de Nascimento:Lisboa
País de Origem:Portugal
Informações adicionais:Apesar de ter nascido em Lisboa, Mafalda Veiga passou toda a sua infância e adolescência no Alentejo.
O caminho de Mafalda Veiga começou bem antes do sucesso incontestável do álbum "Pássaros do Sul". Nascida em Lisboa, a cantora então com apenas oito anos foi viver para Espanha com os pais, onde permaneceu até 1980. A iniciação à composição foi feita com o tio, Pedro da Veiga, guitarrista que chegou a acompanhar o fadista Nuno da Câmara Pereira .
As primeiras criações de Mafalda surgiram em 1983, nomeadamente aquele que foi considerado como o seu primeiro tema, "Velho". E foi precisamente com essa canção que Mafalda alcançou o triunfo no Festival da Canção da cidade de Silves, em 1984. A continuação em pleno na música ficou por momentos suspensa, depois da cantora entrar para a Faculdade de Letras em Lisboa, para o curso de Línguas e Literaturas Modernas. Só passados dois anos é que Mafalda regressou à actividade, quando gravou algumas maquetas com a ajuda de António Ferro e António Vacas de Carvalho, para além de, no ano seguinte, ter surgido ao lado de Nuno da Câmara Pereira em duas apresentações ao vivo.
"Pássaros do Sul", o álbum de estreia apareceu no mercado, com produção do Trovante Manuel Faria, tinha a cantora apenas 21 anos. O sucesso foi de tal ordem que o registo chegou, em pouco tempo, à marca das 10 mil cópias vendidas. O êxito motivou a gravação de um novo conjunto de originais, com o título "Cantar", editado em 1988, de novo com produção de Manuel Faria. O disco não seguiu a carreira triunfal do primeiro e Mafalda preferiu então fazer uma paragem, sem, no entanto, ter deixado de dar muitos concertos. Destaca-se, neste período, a actuação como convidada nos derradeiros concertos dos Trovante. O retorno concretizou-se em 1992, no álbum "Nada Se Repete".
O dueto protagonizado com Luís Represas no tema "Fragilidade", e a faixa "Ilha", trouxeram de novo o sucesso.
Mais quatro anos foi o tempo necessário para o lançamento de "A Cor Da Fogueira", já no catálogo da Strauss. Um disco de viragem e de mudança de produtor. O eleito foi José Sarmento. Durante esse período, Mafalda apresentou-se em Cabo Verde e Macau.
Em 1999, a cantora regressou com "Tatuagem" (produção de Manuel Paulo da Ala dos Namorados). O destaque foi então para o primeiro single, "Tatuagens", um tema cantado com Jorge Palma. A edição de "Mafalda Veiga Ao Vivo", gravado durante dois concertos (esgotados) no Centro Cultural de Belém e um no Rivoli do Porto, foi editado no ano 2000 e foi a mola impulsionadora para um ano de 2001 repleto de concertos.
No início do ano, compôs 4 temas para "Olhos de Água" (série da TVI) e está já a preparar o seu próximo álbum de originais.
Em 2002, ano em que completou 15 anos de carreira, Mafalda Veiga participou no mais recente disco de André Sardet, com o tema "Hoje Vou Ficar". No início de 2003, a cantora deslocou-se ao Brasil para participar em dois episódios da novela "Sabor da Paixão", interpretando ao vivo algumas das suas canções, que também fazem parte da banda-sonora.
Março de 2003 marca o regresso da cantora aos discos, com "Na Alma e Na Pele", que contou com a produção do ex-baixista dos Silence 4, Rui Costa. Constituido por onze canções originais, onde se destaca o single de apresentação, "Uma Gota", o álbum conta também com uma faixa interactiva com imagens de estúdio e um filme brilhantemente concebido e desenhado pela Joana Miguéis que ilustra a história da canção "O Menino do Piano".
Durante esse ano, Mafalda Veiga esteve em digressão nacional, com natural destaque para as presenças no Coliseu dos Recreios, em Lisboa.
Foi um desse espectáculos, realizado no dia 5 de Outubro, que serviu para a gravação do seu primeiro DVD, apropriadamente intitulado "Coliseu, Lisboa, 5 de Outubro".
A saída do registo duplo fecha em beleza um ano em cheio para Mafalda Veiga, depois dos concertos de Aveiro (no âmbito das Festas da Cidade para o Euro 2004, com a presença de Suzanne Vega), da Queima das Fitas de Coimbra, do Festival Maré de Agosto e de um memorável espectáculo no Coliseu do Porto.
Também em Dezembro, é editado o primeiro songbook de Mafalda Veiga, com a responsabilidade da Quasi Edições.
Em 2005 chega ao mercado, igualmente com o selo da Quasi Edições, o primeiro conto infantil da artista. "O carocho pirilampo que tinha medo de voar" é o nome da obra, que integra a colecção "Tempo dos mais novos", feita em parceria com o Jornal de Notícias.
Da preenchida agenda de concertos da cantora nesse ano, destaque para as actuações nos Concertos Íntimos em São Miguel e Terceira, nos Açores, a participação no Optimus Open Air, a reabertura do Jardim da Sereia, em Coimbra, uma passagem pelo Casino Estoril e as Queimas das Fitas de Lisboa e de Vila Real.
A 20 de Outubro desse ano a Rádio Central FM de Leiria distingue Mafalda Veiga com o Prémio Carreira Prestígio.
Em 2006 a cantora de 'Fim Do Dia' dedica-se, essencialmente, à composição.
Em Setembro desse mesmo ano, a artista junta-se a João Pedro Pais para um concerto no Centro Olga Cadaval, em Sintra. Dessa colaboração nasce a ideia de gravar um disco, o que acontece em Janeiro de 2007, nos estúdios da Valentim de Carvalho, em Lisboa.
"Lado a Lado" é o resultado dessa parceria, editada alguns meses depois. Do alinhamento constam temas dos dois artistas, interpretados ao vivo com novos arranjos, tais como 'Tatuagens', 'Cada Lugar Teu' e 'Louco por Ti' e, ainda, versões de originais de outros cantautores portugueses e brasileiros, como Fausto e Lenine. A acompanhar o disco é editado, como extra, um DVD que inclui os vídeos de cinco temas.
O projecto "Lado A Lado" deu origem a uma digressão conjunta, que incluiu uma edição do "Concerto Mais Pequeno do Mundo", da Rádio Comercial, e espectáculos no festival Delta Tejo e nos Coliseus de Lisboa e Porto, estes últimos com as participações especiais de Fausto, José Mário Branco e Jorge Palma.
"You must risk something that matters" (Tom Waits) é uma das filosofias de vida de Mafalda Veiga, que regressa às edições em nome próprio em Abril de 2008, com a edição do álbum "Chão", apresentado pelo single 'Estrada'. 'Abraça-me Bem' e 'Era Uma Vez Um Pensamento Teu' são outros temas do disco, co-produzido pela própria, em parceria com Miguel Ferreira, um dos elementos e membro fundador dos Clã. "Chão" é descrito por Mafalda como um trabalho mais orgânico e despido de pesos electrónicos, no qual teve como propósito deixar brilhar a sua voz e cada uma das canções.
Mário Mesquita Borges in http://radiocomercial.clix.pt/quem_canta/artistas/home.aspx?id=1621
sugestão musical para um amanhecer perfeito;
restolho
http://www.youtube.com/watch?v=y6raRduUhaw
para um final de tarde:
qualquer album da mafalda, é só escolher e deixar as palavras percorrerem a magia dos passos
discografia
1987 - Pássaros do Sul
1990 - Cantar
1992 - Nada se Repete
1996 - A Cor da Fogueira
1999 - Tatuagem
2000 - Ao Vivo
2003 - Na Alma e na Pele,
2004 - Coliseu, 5 de Outubro de 2003 (DVD)
2006 - Lado a lado, com João Pedro Pais
2008 - Chão
minha querida mafalda
agradeço-te a partilha,
a compreenção,
o carinho...
minha querida mafalda...
carinhosamente
terça-feira, 16 de junho de 2009
Liberdade
Curiosamente encontro algo que reforça a minha ideia de MUNDO MEU...
Tal como Miguel Sousa Tavares eu acredito na verdade das coisas e não no que é criado para parecer verdade.
Partilho........
"Antes que a ideia de Deus esmagasse os homens, antes dos autos de fé, das perseguições religiosas da Inquisição e do fundamentalismo islâmico, o Mediterrâneo inventou a arte de viver. Os homens viviam livres dos castigos de Deus e das ameaças dos Profetas: na barca da morte até à outra vida, como acreditavam os egípcios. E os deuses eram, em vida dos homens, apenas a celebração de cada coisa: a caça, a pesca, o vinho, a agricultura, o amor. Os deuses encarnavam a festa e a alegria da vida e não o terror da morte.
Antes da queda de Granada, antes das fogueiras da Inquisição, antes dos massacres da Argélia, o Mediterrâneo ergueu uma civilização fundada na celebração da vida, na beleza de todas as coisas e na tolerância dos que sabem que, seja qual for o Deus que reclame a nossa vida morta, o resto é nosso e pertence-nos – por uma única, breve e intensa passagem. É a isso que chamamos liberdade – a grande herança do mundo do Mediterrâneo.
(...) Sabes, quem não acredita em Deus, acredita nestas coisas, que tem como evidentes. Acredita na eternidade das pedras e não na dos sentimentos; acredita na integridade da água, do vento, das estrelas. Eu acredito na continuidade das coisas que amamos, acredito que para sempre ouviremos o som da água no rio onde tantas vezes mergulhámos a cara, para sempre passaremos pela sombra da árvore onde tantas vezes parámos, para sempre seremos a brisa que entra e passeia pela casa, para sempre deslizaremos através do silêncio das noites quietas em que tantas vezes olhámos o céu e interrogámos o seu sentido. Nisto eu acredito: na veemência destas coisas sem princípio nem fim, na verdade dos sentimentos nunca traídos."
Miguel Sousa Tavares, in 'Não Te Deixarei Morrer, David Crockett '
carinhosamente
Tal como Miguel Sousa Tavares eu acredito na verdade das coisas e não no que é criado para parecer verdade.
Partilho........
"Antes que a ideia de Deus esmagasse os homens, antes dos autos de fé, das perseguições religiosas da Inquisição e do fundamentalismo islâmico, o Mediterrâneo inventou a arte de viver. Os homens viviam livres dos castigos de Deus e das ameaças dos Profetas: na barca da morte até à outra vida, como acreditavam os egípcios. E os deuses eram, em vida dos homens, apenas a celebração de cada coisa: a caça, a pesca, o vinho, a agricultura, o amor. Os deuses encarnavam a festa e a alegria da vida e não o terror da morte.
Antes da queda de Granada, antes das fogueiras da Inquisição, antes dos massacres da Argélia, o Mediterrâneo ergueu uma civilização fundada na celebração da vida, na beleza de todas as coisas e na tolerância dos que sabem que, seja qual for o Deus que reclame a nossa vida morta, o resto é nosso e pertence-nos – por uma única, breve e intensa passagem. É a isso que chamamos liberdade – a grande herança do mundo do Mediterrâneo.
(...) Sabes, quem não acredita em Deus, acredita nestas coisas, que tem como evidentes. Acredita na eternidade das pedras e não na dos sentimentos; acredita na integridade da água, do vento, das estrelas. Eu acredito na continuidade das coisas que amamos, acredito que para sempre ouviremos o som da água no rio onde tantas vezes mergulhámos a cara, para sempre passaremos pela sombra da árvore onde tantas vezes parámos, para sempre seremos a brisa que entra e passeia pela casa, para sempre deslizaremos através do silêncio das noites quietas em que tantas vezes olhámos o céu e interrogámos o seu sentido. Nisto eu acredito: na veemência destas coisas sem princípio nem fim, na verdade dos sentimentos nunca traídos."
Miguel Sousa Tavares, in 'Não Te Deixarei Morrer, David Crockett '
carinhosamente
segunda-feira, 15 de junho de 2009
mundo meu
Meu pequeno mundo de magia faz-se de sorrisos, de flores coloridas e pássaros de ninho na árvore do jardim, de borboletas magníficas, de vento cheio de ritmos e cores, de animais traquinas e audazes, de relva grande para rebolar.
Visto o meu vestido largo e saio para partilhar o meu tempo, encontro meus amigos que me esperam ansiosos, tem fome os meus meninos, e eu tenho saudades deles.
Passeio pelos campos e contemplo as flores que brevemente iram dar lugar a frutos doces e delicados, ando mais um pouco e subo a cerejeira para me deliciar com suas apetitosas cerejas vermelhas, hummmm que delícia, mas a dor de barriga vem depois.
Sou feliz aqui, vivo este verde, esta calma, este seco… não é aqui o meu lugar, mas é aqui que aprendi a ser gente e vou usufruindo do abraço forte das mãos calejadas de todos os meus avôs e avós adoptivos, mas não são eles que estragam em mimos mas sim a serra que me envolve em doce ternura.
O meu grande mundo já tem um pouco mais, tem carros, muitos carros que apitam e andam apresados, ou serão as pessoas que os fazem andar a grande velocidade? Bem nunca os vi andarem sozinhos, mas talvez um dia ! Há pessoas que falam alto e outras baixo de mais, há um cão que ladra quando passo, umas pessoas que se juntam para café, há cheiro de pão quente e frango assado, há sorrisos destorcidos e caras nem sempre verdadeiras, mas eu também gosto deste desarrumado.
Há carteiras e multibanco e filas para ir as finanças, e dizem que o Natal aqui tem magia mas eu não a consigo reconhecer, e há um sino que toca e chama os querentes para a missa das 8h.
Há cinzento e outras cores que fazem passar por cima do cimento, e há por vezes lágrimas e desilusões, mas também gargalhadas e alegria, adrenalina e diversão, há quem abuse e vá além das fronteiras da lógica e se arrependa depois, mas a isso chama-se cultivar a vivencia.
E também há cemitérios e maternidades, e jardins cultivados e cães que passeiam os donos e peixes em aquários, há jardins zoológicos, e feiras populares e romarias e monumentos e rios poluídos e guerras e solidariedade…
Bem há um pouco de tudo, dizem que aqui é o mundo a serio, mas eu prefiro o meu pequeno mundo.
Sim bem sei que são linhas mais infantis, mas é assim que estou hoje. Vou crescendo
Despeço-me, volto para o meu pequeno mundo de magia
Carinhosamente
quarta-feira, 10 de junho de 2009
meu anjo
Meu anjo faminto vem até mim,
Despe essas roupas molhadas!
Estives-te ausente por tanto tempo.
Sim, bem sei o tão grande é o céu!
Meu anjo faminto vem até meus braços,
Tenho eu a saudade, tenho-a em mim,
Obrigatoriamente em mim
Por não ter eu mais nada que a saudade!
Meu anjo faminto, teu rosto mudou!
Ou serão meus olhos que te observam de maneira diferente?
Deixa a minha mão tocar-te,
Decerto elas não se enganaram.
Meu anjo faminto que me contas?
Que mundos tens tu no pensamento?
Que culturas te fascinam?
Meu anjo faminto, teu cabelo está diferente,
Mas teu sorriso permanece!
Meu anjo faminto, que fizeram com teu olhar?
Não, não escondas a tristeza,
Que mais triste será quem roubou o brilho dos teus olhos!
Chora, sim chora no meu ombro meu pequeno anjo faminto,
Serei a muralha de todo o teu mundo, estas protegido aqui!
Meu anjo faminto, morre em mim!
Assim viveremos eternamente…
carinhosamente
terça-feira, 9 de junho de 2009
quando as lágrimas se soltam... de orgulho
Hoje as lágrimas estremeceram toda a minha alma, lágrimas de felicidade, orgulho e saudade.
Meu querido João Moisés muitos parabéns pela tua licenciatura, agradeço-te a partilha, o sorriso que estampas-te na minha face…
Nos tempos de Speedy não eras só um cliente, alias eu nunca tive um mero cliente, a maneira de cada um eram especiais, é o mais gratificante que guardo da experiencia de “noite”, continuo a dizer que o NOSSO Speedy era só o bar mais FIXE de toda Coimbra, e guardá-lo-ei com o maior dos carinhos :), para sempre… guardarei a minha família Speedy…
És aquele menino simpático, atencioso, que sabe ouvir e partilhar, que sorri e faz sorrir, o meu menino dos caracóis dourados, que abraça a vida com a alma inteira e procura em cada onda uma nova meta para conquistar. És a imagem perfeita de “braços abertos”, a caricatura de um tesouro de vida, és a própria vida João… és a pessoa mais positiva que conheço, aventureiro, amante da natureza e de tudo o que poderá advir dela, és o surfista paixão das ondas, és tu em toda a tua unicidade.
Desejo-te esse oceano de coisas boas, uma prancha de objectivos concretizados, uma praia de sorrisos, e um caminho cheio de ondas perfeitas, desejo-te o melhor, ou, simplesmente que continues a ser tu próprio, já terás o melhor da vida…
Volto a repetir… SOU O ORGULHO EM PESSOA, ORGULHO DE TI MEU AMIGO, MEU QUERIDO AMIGO…
Carinhosamente
segunda-feira, 8 de junho de 2009
e depois do adeus?
Faz hoje precisamente um mês, um mês inteiro de abstinência, de contradição, um mês inteiro… terminei uma relação de doce intimide de mais de 9 anos com o tabaco. Sim não nego, estou um pouco orgulhosa de mim mesma, mas também não acho que seja assim um feito tão grande, é apenas um desafio arrojado.
Mantive essa cumplicidade estreita durante longos anos, a verdade é que ele esteve sempre presente, nas horas de loucura e diversão e nos momentos mais sombrios, até em momentos sem importância alguma. Verdade é que é uma ligação forte, alguns chamam-lhe vício, eu prefiro num modo mais carinhoso chamar-lhe relação íntima.
Confesso que não pensei em terminar ou abdicar, quando dei por mim já estava a faze-lo, digamos que os nossos dias tinham caído numa rotina tão monótona que já nem havia prazer em cada encontro, era consumir por mero consumismo.
Os primeiros dias foram sim, foram os mais dolorosos, se é que se pode chamar de dor a algo que inconscientemente desejamos. Entra-se num género de ressaca controlável, de ansiedade, de motivações semi-suicidas, mas depois passa, é mesmo só os primeiros dias. Hoje sorrio só de lembrar…
Não houve motivo algum para deixar e se existiu algum para começar não me recordo, sei sim que o meu 1º cigarro foi com o mano mais velho e com mais 2 primas afastadas, nós os 4 tinha-mos na altura um grupo secreto, daqueles que se tem instalações e se tem que dizer frase secreta antes de entrar, etc. coisas de miúdos. Sei que a sensação não foi a melhor, fui atacada por uma tosse que tendia a não terminar nunca, rebeldia talvez, ingenuidade de certeza.
Mas foi com 13 anos que no meio de amigos mais velhos comprei o meu 1º maço, e recordo-me perfeitamente da “crista gigantesca” que fiquei, era o género de coisas que chamávamos de independência ou algo do género… Sei apenas que nunca mais parei, e se houve afastamento foi por breves dias, e o reencontro prometia-se muito intenso.
Houve quem me perguntasse o porque de fumar, tive namorados que simplesmente detestavam, a minha família fechava os olhos e dizia nada saber, e a mãe pendurava no nariz todas as molas do estendal, só para continuar naquilo que se poderá dar o nome de “o que os olhos não vêem o coração não sente”, era tudo mais tranquilo assim, os amigos não fumadores incentivavam-me constantemente a deixar… mas como poderia dar uma razão lógica para fumar se não existe nenhuma? Cheguei a dizer que fumar estimula o cérebro, é uma verdade comprovada mas para mim não tinha assim tanta realidade. Fumava sim porque gosto, gosto do cheiro do tabaco, apreciava cada encontro, cada inicio cada “matar”, e não havia noite que não dormisse com ele por perto. Ainda hoje sinto o acariciar de cada cigarro nos meus dedos, nos meus lábios, e sim, sinto falta e a falta traz a saudade, mas sei que consigo sobreviver sem, então para que proporcionar mais um encontro repentino? Não digo que não possa voltar a acontecer, mas ai será mais loucura que a 1ª passa que dei.
Posso parecer insensível ou até ignorante, mas para mim é como recomeçar depois de terminar uma relação amorosa com alguém, perde-se todo o chão, todas as bases, o mundo desaba, as lágrimas rolam, as lembranças assombram-nos, mas depois da 1ª noite de sono o castelo volta a se erguer lentamente ao sabor do vento, e tudo começa a fazer mais sentido.
Terminei uma relação de mais de 9 anos, é complicado sim, mas custa menos do que se espera.
Carinhosamente
quinta-feira, 4 de junho de 2009
e se hoje fosse o último dia do resto da vida?
e se hoje fosse o último dia da minha vida?
Nickelback - If today was your last day
http://www.youtube.com/watch?v=M0Ia07pu704
a dúvida assolou-me.
que diria eu as pessoas que amo?
que me passaria pela cabeça?
que faria?
sentiria-me incapaz ou sentiria uma vontade incontrolavel de viver intensamente cada segundo?
sentir-me-ia perdida e desamparada ou abençoada por ter a oportunidade de me despedir?
verdade é que a resposta não ocorre, é aleatório como a própria vida. provavelmente só teria uma quase certeza, seria o meu último segredo...
carinhosamente
quarta-feira, 3 de junho de 2009
sono de nossos olhos
O Sono
O sono que desce sobre mim,
O sono mental que desce fisicamente sobre mim,
O sono universal que desce individualmente sobre mim —
Esse sono
Parecerá aos outros o sono de dormir,
O sono da vontade de dormir,
O sono de ser sono.
Mas é mais, mais de dentro, mais de cima:
E o sono da soma de todas as desilusões,
É o sono da síntese de todas as desesperanças,
É o sono de haver mundo comigo lá dentro
Sem que eu houvesse contribuído em nada para isso.
O sono que desce sobre mim
É contudo como todos os sonos.
O cansaço tem ao menos brandura,
O abatimento tem ao menos sossego,
A rendição é ao menos o fim do esforço,
O fim é ao menos o já não haver que esperar.
Há um som de abrir uma janela,
Viro indiferente a cabeça para a esquerda
Por sobre o ombro que a sente,
Olho pela janela entreaberta:
A rapariga do segundo andar de defronte
Debruça-se com os olhos azuis à procura de alguém.
De quem?,
Pergunta a minha indiferença.
E tudo isso é sono.
Meu Deus, tanto sono!...
Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa
nos ouvidos...
Linkin Park - "Leave Out All The Rest" (SUNSHINE version)
http://www.youtube.com/watch?v=jQ66BY5iYsw
carinhosamente
O sono que desce sobre mim,
O sono mental que desce fisicamente sobre mim,
O sono universal que desce individualmente sobre mim —
Esse sono
Parecerá aos outros o sono de dormir,
O sono da vontade de dormir,
O sono de ser sono.
Mas é mais, mais de dentro, mais de cima:
E o sono da soma de todas as desilusões,
É o sono da síntese de todas as desesperanças,
É o sono de haver mundo comigo lá dentro
Sem que eu houvesse contribuído em nada para isso.
O sono que desce sobre mim
É contudo como todos os sonos.
O cansaço tem ao menos brandura,
O abatimento tem ao menos sossego,
A rendição é ao menos o fim do esforço,
O fim é ao menos o já não haver que esperar.
Há um som de abrir uma janela,
Viro indiferente a cabeça para a esquerda
Por sobre o ombro que a sente,
Olho pela janela entreaberta:
A rapariga do segundo andar de defronte
Debruça-se com os olhos azuis à procura de alguém.
De quem?,
Pergunta a minha indiferença.
E tudo isso é sono.
Meu Deus, tanto sono!...
Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa
nos ouvidos...
Linkin Park - "Leave Out All The Rest" (SUNSHINE version)
http://www.youtube.com/watch?v=jQ66BY5iYsw
carinhosamente
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Ser Criança
1 de Junho __ dia mundial da criança
CRIANÇA
Criança, tu és o conforto
Criança, tu és o amor.
Tu, que tens alegria nos teus olhos
E que aos outros ofereces amizade;
Tu, que caminhas
Sem maus pensamentos
E que amas
Sem rodeios Vem ...!
Vem comigo.
Dá-me a tua mão.
Criança,
Tu és o símbolo
Do amor
Da paz
E da liberdade.
Tu és o fruto
Da inocência
E da pureza.
Criança
Ajuda-nos a construir
Um mundo bom,
Como tu
Estrela brilhante!
(Poema de Paula Perna)
Após a 2ª Grande Guerra Mundial, as crianças de todo o Mundo enfrentavam grandes dificuldades, a alimentação era deficiente, os cuidados médicos eram escassos. Os pais não tinham dinheiro, viviam com muitas dificuldades, retiravam os filhos da Escola e punham-nos a trabalhar de sol a sol. Mais de metade das crianças Europeias não sabia ler nem escrever.
Em 1950, a Federação Democrática Internacional das Mulheres, propôs às Nações Unidas que se comemorasse um dia dedicado a todas as crianças do Mundo.
Os Estados Membros das Nações Unidas, ONU - reconhecendo que as crianças, independentemente da raça, cor, sexo, religião e origem nacional ou social, necessitam de cuidados e atenções especiais, precisam de ser compreendidas, preparadas e educadas de modo a terem possibilidades de usufruir de um futuro condigno e risonho, propuseram o Dia 1 de Junho, como Dia Mundial da Criança.
Nunca é demais lembrar, até porque poucas vezes isso tem sido feito, quais os direitos que assistem especificamente às crianças, e que estão consagrados na Convenção sobre os Direitos da Criança que foi elaborada em 1989 pelas Nações Unidas, que tiveram em consideração, entre outras coisas, o indicado na Declaração dos Direitos da Criança, adoptada em 20 de Novembro de 1959 pela Assembleia-geral desta Organização, que dizia que “a criança, por motivo da sua falta de maturidade física e intelectual, tem necessidade de uma protecção e cuidados especiais...”.
A ONU reconheceu também que “em todos os países do mundo há crianças que vivem em condições particularmente difíceis e a quem importa assegurar uma atenção especial, tendo devidamente em conta a importância das tradições e valores culturais de cada povo para a protecção e o desenvolvimento harmonioso da criança e a importância da cooperação internacional para a melhoria das condições de vida das crianças em todos os países, em particular nos países em desenvolvimento.”
In: http://web.rcts.pt/paulaperna/dia_mundial_crianca.htm
Um excelente dia a todas as crianças que existem dentro de nós
carinhosamente
CRIANÇA
Criança, tu és o conforto
Criança, tu és o amor.
Tu, que tens alegria nos teus olhos
E que aos outros ofereces amizade;
Tu, que caminhas
Sem maus pensamentos
E que amas
Sem rodeios Vem ...!
Vem comigo.
Dá-me a tua mão.
Criança,
Tu és o símbolo
Do amor
Da paz
E da liberdade.
Tu és o fruto
Da inocência
E da pureza.
Criança
Ajuda-nos a construir
Um mundo bom,
Como tu
Estrela brilhante!
(Poema de Paula Perna)
Após a 2ª Grande Guerra Mundial, as crianças de todo o Mundo enfrentavam grandes dificuldades, a alimentação era deficiente, os cuidados médicos eram escassos. Os pais não tinham dinheiro, viviam com muitas dificuldades, retiravam os filhos da Escola e punham-nos a trabalhar de sol a sol. Mais de metade das crianças Europeias não sabia ler nem escrever.
Em 1950, a Federação Democrática Internacional das Mulheres, propôs às Nações Unidas que se comemorasse um dia dedicado a todas as crianças do Mundo.
Os Estados Membros das Nações Unidas, ONU - reconhecendo que as crianças, independentemente da raça, cor, sexo, religião e origem nacional ou social, necessitam de cuidados e atenções especiais, precisam de ser compreendidas, preparadas e educadas de modo a terem possibilidades de usufruir de um futuro condigno e risonho, propuseram o Dia 1 de Junho, como Dia Mundial da Criança.
Nunca é demais lembrar, até porque poucas vezes isso tem sido feito, quais os direitos que assistem especificamente às crianças, e que estão consagrados na Convenção sobre os Direitos da Criança que foi elaborada em 1989 pelas Nações Unidas, que tiveram em consideração, entre outras coisas, o indicado na Declaração dos Direitos da Criança, adoptada em 20 de Novembro de 1959 pela Assembleia-geral desta Organização, que dizia que “a criança, por motivo da sua falta de maturidade física e intelectual, tem necessidade de uma protecção e cuidados especiais...”.
A ONU reconheceu também que “em todos os países do mundo há crianças que vivem em condições particularmente difíceis e a quem importa assegurar uma atenção especial, tendo devidamente em conta a importância das tradições e valores culturais de cada povo para a protecção e o desenvolvimento harmonioso da criança e a importância da cooperação internacional para a melhoria das condições de vida das crianças em todos os países, em particular nos países em desenvolvimento.”
In: http://web.rcts.pt/paulaperna/dia_mundial_crianca.htm
Um excelente dia a todas as crianças que existem dentro de nós
carinhosamente
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