conheço-te, visitaste-me recentemente em meus pensamentos,
fazes parte deles em cada desvaneio meu.
conheces-me, sou mais que aquilo que procuras
e menos que o que desejas...
descodificas cada olhar meu em ti,
e não é por isso que te orgulhas de me conhecer.
sabes saber o que falo mesmo não ouvindo a minha voz,
há alturas em que a vida nos passa por entre as mãos
e tambem não se sente o sufoco.
sou o deserto e o oceano, a vida e a morte,
mas desejas-me mesmo assim...
sou a destruição e o sorriso, o dia e a noite,
mas mesmo sabendo continuas procurando...
sou a desilusão e a mágia, a magoa e a paixão,
e não houve ninguem mais a quem implorasses.
dúvido da própria vida e nem sempre sou racional,
despreso cada sentimento e faço-os de tapete para as mágoas...
não sou fria, apenas indiferente para com a tua sensibilidade.
não sou fiel, nem a mim mesma...
não sou mentirosa, mas magoo com a verdade...
sou directa em demasia, mas não o faço para magoar,
mas para livrar a alma de omissões.
simpatiso apenas, nada mais...
tenho em ti o meu inferno, a minha escuridão, o meu gelo...
ou não fosses o relogio de meu pulso...
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