Reli o meu desarrumado, ultimamente tenho escrito coisas superficiais, pequenas passagens, insignificâncias...
Depois tentei escrever algo mais intelectual e acabei de cara no teclado, acordei 2horas depois.
Pouco depois soube da morte da Sofia, uma miúda com pouco mais de 22 anos que partilhou a escola comigo, linda, simpática, sociável, sempre de sorriso no rosto... acidente de carro disseram-me, petrifiquei, como a vida é insignificante, na página do MSN pareceu algo do género, somos meros corpos que desaparecemos de um momento para o outro, e, o mal está em ninguém nos educar para enfrentar a morte...
Será a morte física idêntica a morte da alma?
Sim, chego a conclusão, com uma diferença, a morte física é o fim do corpo, da presença... a morte da alma pode significar uma nova oportunidade para a vida.
Depois soube também que o Júlio, mais um colega de escola estava a 3meses em coma, e com reacções mínimas, incrível como somos pequeninos, vulneráveis...
Ao longo da vida vamos dando importância a futilidades, vamos perdendo pedaços de nós por puro orgulho, trocamos o certo pelo incerto por mais uns instantes de adrenalina, vende-mos a alma ao diabo por uma conta bancária mais aceitável e de um momento para o outro nada tem importância, tudo é insignificante, tudo não passou de uma ilusão, tudo o que resta é o último suspiro...
Os dedos têm dificuldade em se mover, arrastam-se e eu paro por aqui...
Carinhosamente
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